SET Nordeste: Futuro da Mídia

SET Nordeste: Futuro da Mídia


SET Nordeste: Futuro da Mídia

Keynote de Roberto Franco refletiu sobre o atual momento da mídia, realizou considerações sobreas tendências e principalmente para onde o mercado esta sendo direcionado. Ainda deu dados sobre consumo de vídeo no país e no mundo, e vislumbrou o que pode acontecer com o mercado audiovisual até 2030.

Roberto Franco, conselheiro da SET e Diretor de Assuntos institucionais e regulatórios do SBT, disse no início do keynote “O Futuro da Mídia: a renovação do que existe, ou novas tendências?”que o digital não substituiu o valor do encontro presencial, “dos encontros causais”.Franco começou explicando que o futuro não é casual, “ele é construído, por isso é preciso pensar em cenário. O futuro está embebido no presente, em pequenas parcelas da população”.

Ele contextualizou a sua conversa pensando no conceito VUCA (vulnerável, incerto, complexo e ambíguo), criado pelo governo americano, e pensando no contexto atualdisse que a ambigüidade é fundamental porque no mundo atual “convivemos com verdades, com ambiguidades” pensando em no que em inglês de denomina, Meaingful (significativo) e que isto deve ser ser universal. O mundo é universal”. Assim, chegamos ao mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível), mostrando que o mundo é frágil, o ser humano é ansiosoe incompressível, resumindo a um “mundo cada vez mais líquido, vínhamos de um mundo sólido”. Assim, explicou Franco, com o mundo líquido estamos em um mundo mais incerto, com dados históricos muito curtos, por “isso temos de reaprender a aprender rápido com experimentação, checando todas as hipóteses de aprendizagem”.

Para falar do futuro, falou dos Jetsons e as histórias que mudaram desde 1962 e como eles olhavam para o mundo em 2062. “Hoje o sofá pode ser um grupo de Instagram, de Whatsapp, as pessoas hoje de agrupam de formas diferentes. E ainda, hoje, as pessoas se juntam para ver TV, porque elas compartilham interesses e necessidades de ver televisão como laço social. A tecnologia é muito rápida, o ser humano, mais lento”.

Por isso, ele analisou a pirâmide de Maslow onde “se hierarquizam as necessidades humanas” pensadas como autorrealização, estima, sociais, segurança e fisiológicas, para “ter um ser humano desenvolvido, entendo o ser humano como um ser melhor”. Para Franco, além disto, “teríamos de ter acesso a Wi-Fi e bateria, porque não é resolver o como, mas sim o porquê eu preciso, e como eu atendo”, porque, desde a sua perspectiva, hoje prevalece o “como, por isso, é preciso aperfeiçoar”, identificando necessidades e gerando soluções.

Franco se perguntou ainda, “quem é o Rei?”, e com isso, se não houver tecnologia, o que faríamos? Assim, quando juntamos Tecnologia e Conteúdo, juntamos, disse “imersão, realismo”, com as demandas atuais que são as de integração e que foram trazidas a este mundo pelos dados, dados que melhoraram a experiência, conveniência e ubiquidade, relevância e personalização, todos aliados a tecnologia. “Hoje, o rei da relação é o consumidor, por isso, precisamos entender a jornada do consumidor, entender quais são as suas demandas, as suas dores”, e criar conteúdos utilizando esses dados.

Sendo assim, disse, precisamos criar um mapa de valor, no qual eu produza para esse consumidor. Considerando que o mundo mudou, mas o que não mudou tanto, o consumidor é quase o mesmo, mas o que mudou a grande velocidade foram os devices. “Por isso, é preciso dizer que a TV Linear está presente na vida dos brasileiros. Mais de 205 milhões de pessoas assistiram televisão linear em 2021”.

Finalmente, disse que a Smart TV é um fenômeno no Brasil e no mundo, e que a maioria do consumo de vídeo de linear no Brasil se dá 92% nelas, e que as plataformas com vídeos curtos têm maior penetração no celular. Assim, disse que a multiplicidade de formatos (FAST, AVOD, SVOD, RVOD, PAY TV e TV aberta) gerou a saturação de formatos, e com eleshaverá convergência de formatos com modelos freemium, híbridos, bundles, e os agregadores. O que determina, segundo Franco, uma combinação de modelos com diferenças de alcance que estão sendo marcadas pelas plataformas de vídeo com formatos AVOD.

Fechando o keynote, Franco se referiu aos serviços e a percepção do consumidor de streaming, e como a “insatisfação do cliente” está gerando desconforto, muitas vezes gerado pelos valores e pelo algoritmo disperso (recomendação), que é cada vez mais ineficiente. E para melhorar esta forma, ele disse que o futuro pode ser “agregar conteúdo” e com agregadores inteligentes  que unifiquem a experiência de uma forma mais flexível, com personalização da experiência. E vislumbra um cenário do futuro da TV e vídeo para 2030 com olho na propriedade e no setor.

 

Por Fernando Moura, em São Paulo




Fonte de pesquisa, disponível em:  https://set.org.br/set-news/set-nordeste-futuro-da-midia/ , 2022-10-20 14:26:21 ou clique aqui, para ler na íntegra.
O material RSS “SET Nordeste: Futuro da Mídia”, publicado nesta página, é um compartilhamento de outros sites e portais, todos os direitos, responsabilidades e créditos são dos seus idealizadores e autores. Nosso objetivo é contribuir com esse compartilhamento para que todos tenham acesso a informações sérias redigidas por instituições de credibilidade.  

Compartilhe


Chame no WhatsApp